1. Talvez seja mesmo um pensamento convoluto. Não sei de quem. Ou meu ou de você. Algum pensou no outro, talvez os dois pensaram simultaneamente, daí os relógios (algum relógio no mundo) fizeram questão de marcar o momento idêntico e nos revelar. Não muito mais que isso.
Que semântica idiota. Que perda de tempo abobalhada. Que rubor na face. Carinho pelo clique e pelo claque, via telepatia e de olho no objeto.
2. Esta é uma das mudanças na qual me recuso a entender, a de não poder - delirar, fugir. Qual é o meu ganho em encarar a todos com a face limpa e um escudo de papel machê? Planos são, subjetivamente, organizações, enquanto o que se habilita aqui nos não dizeres parece ser sem ordem ou propósito.
3. Diga, Misericórdia! O santo se energizou nos cantos e agora a paróquia sentia o compromisso que ditava a reza. Talvez pela primeira vez os incautos tenham de fato louvado suas palavras. Não havia somente sabedoria em repetição: o que se conhecia por memória. Ditou-se então a Guarda Santa, a crença de um lugar melhor e sereno para se habitar no mundo.
Aquelas senhorinhas porém pensavam com tamanha experiência de vida: deveriam sair dali? A calmaria, o pleno vácuo do vacilo humano, lograva aquela paróquia? Perguntas e perguntas e perguntas. Este autor sempre se perde nelas. Assim como os de terno se perdiam em suas próprias perguntas: por quanto tempo permaneceriam ali? Por quanto tempo durariam ali? Ou era todo este um compromisso eterno, de eterna sede e eterno jejum? O sofrimento permanece na certeza da vida eterna, a eles era claro. Nunca se esperava do Santo uma troca de quociente exato.