Hoje percebi o quanto respeito os chamados "ativistas do meio ambiente". Não gosto desta definição. É redutiva. Essas mentes jovens e corajosas são muito mais do que isso. Relembram que o mundo é uma entidade natural.
Esse é o problema: cheguei à certeza de que não mais vemos nosso mundo como uma amálgama de vida. É agora uma corporação. Vivemos a instituição planeta Terra, com regras corporativistas artificialmente incluídas na rotina. É o tecido poliéster tomando conta da sociedade. A natureza, numa proporção irônica, está mais próxima da abstração de um espetáculo. Ou da arte em reprodutibilidade técnica, sabe-se lá onde quero chegar com isso. Passamos a vivenciar catarses diante da natureza porque ela foi alienada do mundo, sem se somar a ela. Se tornou pousada para passar o feriado.