Nossas últimas memórias foram tapas. Tapas bem-dados e merecidos que não causaram dor. Temo pelo cachorro, não o quero diante de minhas sujeiras, mas por vocês não temo. Faço-o pela obtusa tentativa de independência, em que sobre meu corpo desfaço-o. É um método feliz e não convencional, porque espero me definir e alinhar ao mundo, juntando sentenças em união à terra. Ninguém sairá perdendo.
Com o tempo se perceberá que foi pueril, porém nato e necessário caso dado certo. Não devo pensar no futuro e suas possibilidades infundadas, embora seja de praxe especular o terror do estar vegetativo, inabitável e sempre em dor, incapaz sequer de atender aos requisitos de meus criadores. Esta não é a hora de se pensar nisso, tome a atitude como navegação. Descansar os músculos, a mente, os ossos e a alma.