Você sequer tinha sua barba naquele sonho. Isso se me lembro direito de você. Não sei se me lembro, não te conheci muito bem. O que posso afirmar é a sua posição naquela esfera, o sonho, em que estava feroz contra mim.
Deve ser como eu te imagino - faz sentido! -, embora esperasse que fosse a realidade além do onírico: você bravo e feroz feito um cão radical possuído pela raiva. Devolvi na mesma medida - Não, fui mau.
Defendi meu território e calei suas palavras com imensa racionalidade, fazendo questão de procurar mais provas além das fornecidas, que foram desnecessariamente caçadas por toda aquela cena para o puro estado da humilhação, que só pode ser visto assim agora com a crosta resfriada, vivido naquele instante como a construção sólida de minha defesa.
Ninguém me violará.
Sinto sua falta. Sinto-a porque não te conheci muito bem e gostaria de o ter feito. Não sei o que se desenvolveria disso. Agora só espero que tenhas ira, fome, mágoa; que gires seu rabo em torno disso, corras e apontes as orelhas para a direção tomada como pontas de flecha que cortam o vento.
Encontre-me, pois não sei como te encontrar.